As Garotas de Beantown | Resenha
- Michelle Leonhardt
- Jun 27, 2023
- 3 min read
Hoje eu venho contar sobre o livro "As Garotas de Beantown", da autora Jane Healey. Nessa história, Fiona Denning e suas melhores amigas Dottie e Viv embarcam dos Estados Unidos para Inglaterra (e para a guerra!) como voluntárias do programa Cruz vermelha Clubmobile. Esse programa enviava mulheres voluntárias para a Guerra com objetivo de trazer um senso de normalidade aos soldados aliados através do trabalho, servindo donuts e cafés, além de proporcionar conversas, música e danças, ajudando a moral e o psicológico dos soldados.
A principal protagonista, Fiona, busca o programa com o objetivo de tentar descobrir alguma coisa (qualquer coisa) sobre Danny, seu noivo, que sumiu em combate e ninguém consegue notícias. A partir dessa premissa, acompanhamos então a vida delas desde o momento do embarque no navio, passando pelo treinamento na Inglaterra e a ida ao continente junto das tropas alocadas em combate.
Durante a leitura podemos ver histórias de superação e redescoberta dessas mulheres. Uma perspectiva diferente da guerra, fora dos campos de concentração (o grande clichê dos livros da temática). Do treinamento ao meio da zona de combate, elas transformam vidas e são transformadas por aqueles cujas vidas impactam.
Espia a ficha técnica:

Título: As garotas de Beantown
Autor: Jane Healey
Editora: Pausa
Ano: 2020
Páginas: 449
Título Original: The Beantown Girls
Minha avaliação: ⭐⭐⭐⭐
Sinopse: 1944: Fiona Denning tem todo o seu futuro planejado. Ela vai trabalhar na prefeitura, casar com o noivo quando ele voltar da guerra e se instalar nos subúrbios de Boston. Mas quando o seu noivo desaparece depois de ter sido abatido na Alemanha, os planos de Fiona são destruídos.
Determinada a descobrir o destino dele, Fiona deixa Boston para ser voluntária no exterior como uma garota do Clubmobile da Cruz Vermelha, levando consigo suas duas melhores amigas: a sincera Viviana, que está mais do que feliz por deixar seu emprego de secretária por um pouco de aventura; e Dottie, uma tímida professora de música cujos talentos musicais certamente levarão coragem e esperança aos rapazes da linha de frente.
Escolhido pela sua força interior e charme exterior, o trio não está preparado para os desafios assustadores da guerra. Mas ao longo de todo o caminho, surgem novas amizades, romances, perigos imprevistos e sonhos inesperados. Assim como as três amigas começam a compreender as verdadeiras razões pelas quais todas elas vieram para o front, a coragem e companheirismo vai levá-las através de alguns dos melhores e piores momentos de suas vidas.
Opinião
Gostei bastante dessa leitura. Gosto muito de livros de ficção histórica, principalmente quando a temática envolve a segunda guerra mundial, a grande depressão, o período da escravidão e outros momentos históricos similares. Acho que essas temáticas nos mostram histórias de superação, de coragem, de esperança. São histórias pesadas também, as vezes difíceis de engolir, mas eu sempre termino as leituras surpresa com a capacidade de superação e resiliência das pessoas, mesmo em tempos complicados.
Esse foi o primeiro livro que eu li de guerra sobre a as clubmobiles, que eram consideradas, pelo que entendi, parte do pelotão quando estavam alocadas em zona de combate. No começo da leitura cheguei a pensar que elas eram muito bobas em escolher ir pra guerra como voluntárias. Mas gente... fui mudando demais minha opinião ao longo das páginas. A diferença faziam para o exército aliado fica evidente no decorrer do livro.
O que gosto muito nos livros de ficção histórica é que a gente acaba aprendendo muito sobre esses momentos da história: no programa Clubmobile, por exemplo, as meninas escolhidas como voluntárias tinham que cumprir uma série de requisitos: elas tinham que saber conversar, tinham que ter diploma universitário, ter entre 25 e 35 anos, boa aparência e boa saúde, além de referências pessoais. Maiores detalhes podem ser vistos aqui)
No final do livro a autora fala sobre as partes da história que foram inspiradas em acontecimentos reais e eu juro que algumas passagens da história eu acreditei que eram apenas licenças poéticas, mas não - descobri que algumas coisas que eu jamais acreditaria que aconteceram eram inspiradas em fatos reais.
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